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Redes Sociais totalmente nichadas no Brasil


Segundo Statista, o Brasil tem o quinto maior número de usuários de redes sociais do mundo. Atualmente, existem mais de 160 milhões de usuários de mídia social no país, e esse número deve crescer 13% até 2025, totalizando mais de 180 milhões.


Facebook, WhatsApp e Instagram, todos da Meta, são os aplicativos móveis mais populares entre os usuários brasileiros de smartphones, e o TikTok teve um crescimento significativo. Apesar disso, as redes sociais de nicho estão ganhando espaço entre os usuários que buscam vivenciar experiências mais específicas.


Uma delas é a DeliRec, plataforma criada para os amantes da gastronomia em 2021. O público da plataforma é dividido em duas partes: os próprios chefs, que salvam suas receitas com descrições, imagens e vídeos na plataforma – e podem ser pagos por elas - e usuários que podem salvar receitas, aprender novos pratos e acompanhar os deles.

A plataforma conta com seis mil chefs, 5 mil receitas e 800 mil usuários únicos por mês. Claudio Gandelman, CEO e fundador da DeliRec, explica que a plataforma nasceu em plena pandemia. “Todo mundo trocava receitas em plena pandemia e resolvemos testar a tecnologia em um app. Instalamos um app para trocarmos receitas."


Outra rede social lançada recentemente foi o Universo, um aplicativo para os amantes da literatura. Disponível para Android e iOS, a plataforma traz títulos e resenhas de autores, e permite que qualquer usuário poste e compartilhe textos. O processo de criação do programa pretende fazer a ponte entre as redes sociais tradicionais e os grupos de leitura tradicionais e responder à crescente necessidade de inovação neste mercado.


O programa também possui um leaderboard, uma lista com os conteúdos mais usados. Segundo seu idealizador, William Costa Rocha, essa lista foi criada com o objetivo de chamar a atenção do mercado e permitir, por exemplo, uma troca com jornalistas em busca de uma publicação.

Os entusiastas por esportes também já têm uma rede social especializada nessa comunidade, a Sportidia, que foi lançada em maio deste ano, por Christian Kittler e Nico Torteli, dois esportistas brasileiros.


O aplicativo é desenvolvido em dois pilares: uma função social que conecta usuários com um interesse comum e atividades que, por meio de filtros e configurações definidas pelo usuário, coletam informações sobre o esporte de interesse, além de horários de eventos e locais onde ocorre. “Nosso modelo é um pouco mais complicado do que apenas uma rede social, somos uma rede social que te tira do celular”, enfatiza o CEO Kittler.


Para Kittler, o crescimento dessas redes sociais de nicho se deve ao cansaço do usuário com as grandes redes sociais. “Não sei se as pessoas estão cansadas das redes sociais no sentido de querer ver as notícias”, acrescenta. Nesse contexto, o BeReal nasceu com a proposta de mostrar a vida real das pessoas sem tantos filtros. Segundo Claudio Gandelman, CEO e fundador da DeliRec, o mercado de mídias sociais já está ficando no passado. "A mídia social em geral se tornou muito superficial. E a rede social fez os usuários trabalharem para isso. A mudança é que veremos novas redes sociais onde funcionam para os usuários”, estimou.

Monetização de Autores

O Brasil é o país com mais influenciadores digitais no Instagram, segundo estudo da Nielsen. Há uma média de 10,5 milhões de influenciadores, cada um com pelo menos 1.000 seguidores. Para Instagram, TikTok e YouTube, o Brasil tem o segundo maior número de criadores de conteúdo, perdendo apenas para os Estados Unidos. No entanto, viver das redes sociais pode ser bastante difícil, pois os algoritmos e a monetização das plataformas mudam a cada dia. O diferencial da DeliRec está no modelo de monetização para produtores de conteúdo. Segundo o CEO, a plataforma funciona de forma que os produtores de conteúdo sejam reis. “Damos a eles a oportunidade de conseguir muitos seguidores, mas também criamos formas para eles monetizarem esse conteúdo”, explica. São três formas: um marketplace de utensílios culinários, no qual 40% da receita vai para os criadores; compra dos ingredientes da receita, que também dá 40% para os cozinheiros; e patrocínios de marcas dentro do app, que remunera os criadores em 80% da receita da plataforma. Este último formato acaba de ser lançado e oferece às marcas a possibilidade de anunciar, criar campanhas e inovar a partir das receitas dos chefs na plataforma. “Criamos um negócio muito importante para criadores e marcas”, diz o diretor.

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